Não sabemos se vida é certa ou incerta demais. Por muitos anos
aprendemos que os afetos eram demonstrações de amor e cabiam abraços, beijos,
toques, e muita presença na vida do outro que amamos e convivemos. De uma hora
para outra a vida se coloca de outro modo, e o que era não pode ser mais.
Expressar amor e respeito ao outro passou a ser representado pelo
distanciamento, agora sem contatos físicos. Cuidar passou a ser nossa
prioridade. Cuidar da gente e do outro. Novos mundos nasceram. Mas, talvez seja
uma certeza de que devemos estar prontos para viver as experiências mais
diferentes que a vida impõe.
Não sabíamos que aquele 17 de março de 2020 era o último dia de
encontros humanos dentro do espaço da escola. E que a partir dali as
experiências vividas por cada pessoa anteriormente precisariam ser
ressignificadas. Passamos a ler os olhares porque as máscaras impedem os risos
com lábios. As nossas casas nunca foram aproveitadas por nós como são hoje,
deixando de ser apenas lugar de aconchego e da família, abrindo-se também para
espaço de trabalho. E que coisa é essa de fazer trabalhos em casa?
Trabalhar integralmente em casa é uma atividade não comum para muitos
de nós, daí a experiência de se reinventar, conseguir colocar os afazeres da
casa, a atenção e cuidado das crianças (que estão sem aulas presenciais, mas
fazendo atividades remotas). Não tem sido fácil, não mesmo. Tem sido possível
juntar e misturar tudo isso.
Não somos os mesmos, principalmente nós que compomos a parte gerencial
da escola e que estamos na linha de frente de profissionais, alunos e famílias.
Desenvolver a auto competência socioemocional para dialogar, motivar e acolher
o outro, utilizando de vários recursos para acessar a cada um. E manter os
vínculos.
Em algum momento da história voltaremos a escola para um reencontro
presencial e físico (e que seja logo! E vacinados!). Nesse reencontro os corpos
serão os mesmos, mas as formas de ver o mundo serão outras. As experiências,
traumas, resiliências e aprendizagens nos levarão a um novo normal. Até lá
vamos continuar remando e impulsionando para a frente à comunidade escolar.
Sabemos que cada indivíduo tem vivido as mais diversas situações em
seus contextos. Para alguns, experiências boas como brincar e fazer as
refeições com os filhos, dormindo por mais tempo, aprendendo e estudando a
distância, aprimorando os dotes culinários ou qualquer outra coisa que remete a
pensar em bem estar. Mas não é assim para todos. Do outro lado da janela tem
outras pessoas sofrendo, passando fome, sendo violentadas, com seus direitos
negligenciados e sabe-se lá mais o que se acrescenta nessa lista, porque
estamos no mesmo mar em condições bem distintas, uns em iates ou barcos
transatlânticos, outros em pequenas canoas ou botes, outros agarrados a troncos
de árvores e outros a nado em mar aberto.
A escola não pode parar, ela precisa
ser muito mais que muros e paredes. Ela é feita de gente, por isso ela precisa
chegar onde estão as pessoas. É hora de escola na família.
Cabem
aqui as experiências que estamos praticando em tempos de distanciamento físico,
porque a escola não pode deixar de existir nas expectativas de vida das
pessoas.
Os profissionais da
Escola Luiz Braga conseguiram trabalhar utilizando várias metodologias,
explorando os recursos educacionais abertos e interativos a exemplo de:
PLATAFORMA ELO, QUIZAR, GOOGLE FORMS, etc.
Os PROJETOS INTEGRADORES foram grandes
aliados das atividades não-presenciais, de forma que trabalhou-se com projetos
interdisciplinares que aglutinaram temas importantes para aprendizagem do
aluno, ampliando a dimensão integrada das áreas do conhecimento. As habilidades
a serem desenvolvidas foram o centro dessas ações, assim trouxe uma nova
proposta de ensino-aprendizagem.
Houve interações “ao
vivo” em forma de “LIVE” no You Tube, considerando que o You Tube é uma
ferramenta muito acessada pela sociedade atual e possibilita a interação
síncrona e assíncrona, mas tem seu ápice na gravação diante um público. É
interessante que alguns professores criaram CANAIS para potencializar as
interações com os alunos.
Também tiveram as aulas
interativas nas plataformas ZOOM e GOOGLE MEET, onde professores a alunos
puderam participar de aulas participativas, e, que de certo modo motiva o aluno.
Em paralelo, sempre realizamos reunião coletiva entre professores, equipe
diretiva e coordenação pedagógica quinzenalmente para alinhamento da
comunicação, formação e informação.
Outras aulas foram
dadas via vídeo-aulas (vídeo+aula) que foram gravadas e distribuídas em formas
de vídeo nos grupos de whatsapp.
Aos alunos sem acesso à
internet e também os alunos com Necessidades Educacionais Especiais (NEE)
receberam ATIVIDADES REMOTAS IMPRESSAS.
Nos GRUPOS DE WHATSAPP houve
um monitoramento dos envios de atividades, interações dos alunos entre si e com
os professores, e, supervisão da equipe diretiva. Através desses grupos muitas
atividades, links, vídeos, informações, esclarecimentos de dúvidas dos alunos e
tantas outras coisas maravilhosas que aconteceram, a exemplo de CONTAÇÃO DE
HISTÓRIAS e GINCANA VIRTUAL.
































